Os eventos climáticos extremos registrados em 2023 são “uma amostra do futuro”, na avaliação da climatologista Karina Bruno Lima.
À CNN Rádio, ela explicou que o aquecimento global antropogênico, ou seja, causado pelo homem, “torna os eventos extremos mais prováveis e extensos.”
Além disso, o fenômeno climático El Niño também “favorece elevações de temperaturas, além de chuvas no Sul e seca no Norte.”
No entanto, a especialista fez a ressalva de que o El Niño “contribui [para os eventos extremos], mas não é o fator principal.”
Karina Bruno Lima lembrou que o Acordo de Paris tem como objetivo frear o aquecimento global em até 1,5ºC – atualmente, o patamar está em 1,2ºC – até 2030.
No entanto, ela reforça que o assunto “precisa se tornar uma prioridade” da pauta do mundo inteiro.
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“Temos pouco tempo para resolver essa emergência climática. (…) 2030 é uma meta chave”, completou.
Ela vê o mundo caminhando para a troca da matriz energética, mas em velocidade pouco satisfatória: “A janela de oportunidade está se fechando”.
*Com produção de Isabel Campos
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